
Camila Pitanga
Ela já tinha se consagrado como atriz ao viver a divertida e despudorada Bebel, em Paraíso Tropical (2007), trabalho que lhe rendeu 11 prêmios da mídia especializada. O sucesso não é à toa e sim fruto da experiência adquirida desde os seis anos de idade, quando estreou, meio por acaso, como figurante no filme Quilombo, de Cacá Diegues, em 1984. De lá pra cá, foram outros filmes, novelas e minisséries que transformaram Camila em uma atriz completa (leia box).
Aprendeu na prática e com o convívio nos 0, quando, ao lado do irmão Rocco Pitanga, acompanhava o pai, Antônio Pitanga, nas gravações. E sobre o novo trabalho, as comparações com o pai famoso são inevitáveis. “Me identifico com a Rose justamente porque é uma mulher batalhadora e eu tenho essa referência na minha família. Meu pai é um homem de origem muito humilde da Bahia, foi carteiro, e a arte que criou a identidade dele. A Rose não vai virar artista, mas ela tem uma dignidade que eu me identifico”, confessa.
Além de mãe, uma “Boadrasta”
Muito sucesso e... muito trabalho! Tanto que foi difícil para Camila cavar um espaço na agenda para esta entrevista à RAÇA BRASIL. É tanta correria que Camila repete o ato do pai e, muitas vezes, leva sua filha Antônia, de um ano e cinco meses, nas gravações no Projac. É a saga de toda a mãe que, a todo o custo, tenta conciliar trabalho com família. “Olha, gosto de trabalhar, gosto de ser atriz.
Mas estava curtindo o máximo esse primeiro ano de formação da Antônia. Foi muito importante. A Antônia é o que é! (risos). Uma criança forte, saudável, curiosa... Acho que é porque ela teve o privilégio de eu estar presente e muito próxima dela.
Mas eu tive um privilégio, a maioria das mães tem apenas quatro meses e tem que voltar para a vida profissional”, comenta. Durante essa “licença maternidade”, Camila esteve em Paris, na França, com a filha e, entre visitas a museus e teatros, mãe e filha apostaram em um outro roteiro. “Minha programação era ir ao parquinho”, conta, sorrindo.
"EU TIVE UM PRIVILÉGIO, A MAIORIA DAS MÃES TEM APENAS QUATRO MESES E TEM QUE VOLTAR PARA A VIDA PROFISSIONAL"
Casada há 10 anos com o diretor de arte Cláudio Amaral Peixoto – um dos mais requisitados do cinema nacional – Camila aproveitou a experiência de conviver com a enteada - Maria Luiza, de 11 anos, filha do primeiro casamento de Cláudio – para, de certa forma, exercitar a maternidade antes da chegada de Antônia. “Embora a mãe dela fosse sempre presente, eu sou a ‘ boadrasta’ e exercitei a minha maternidade.
Tive a experiência de me dividir entre o meu trabalho e a Maria Luiza que conheci com três anos de idade, um bebê ainda. Queria saber como era a vida dela, como estava na escola... Então, não é tudo tão novo para mim, né ?”. Questionada se pretende ter mais filhos, Camila é direta: “Pelo menos mais um eu vou ter”, confessa.
Soltando a voz
Além da novela, Camila orgulha-se de apresentar o programa Som Brasil desde o ano passado e conta embevecida: “Cantei com o Paulinho da Viola!”, ou seja, mais um dueto numa possível carreira de cantora, já que Camila também soltou a voz com o Rei Roberto Carlos no especial de fim de ano do cantor, em 2007. Apesar de ter aulas de voz com Anghela Hair, a morena meio que descarta a possibilidade de cantar profissionalmente.
As faces de Camila
Filha do ator Antônio Pitanga e da atriz Vera Manhães, Camila pode ser considerada uma das jovens atrizes que mais fez novela no horário nobre da Rede Globo: 7 no total. Aos 12 anos, começou a estudar teatro no Tablado e lá ficou durante mais cinco, mesmo já tendo conseguido seu primeiro papel na televisão na minissérie Sex Appeal (1993), aos 15 anos de idade. Antes disso estava voltada para a carreira de modelo e foi ajudante de palco de Angélica na extinta TV Manchete. Confira os principais momentos de sua carreira:
Primeira vez
Em 1993, faz sua estreia na televisão aos 15 anos no papel de Vilma na minissérie Sex Appeal, que marcou época por trazer jovens atrizes que se revelariam grandes talentos mais tarde. Além de Camila, o elenco contava com Luana Piovani, Carolina Dieckmann e Danielle Winits.
No mesmo ano, marca presença na novela Fera Ferida com a personagem Terezinha Fronteira. Começava então sua marcante trajetória no horário nobre.
Com o pai
Aos 17 anos e com o bom desempenho anterior, ganha outro papel para uma novela das oito. Na trama de Silvio de Abreu, A próxima Vítima (1995), interpretou a aspirante a modelo Patrícia Noronha e contracenou com seu pai, Antônio Pitanga. No mesmo ano teve o seu primeiro personagem no cinema no filme Super Colosso.
(raçabrasil)
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